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quarta-feira, novembro 26, 2003

Um tiro nas televisões

Bem sei que já passou algum tempo, mas a Kritica não podia passar ao lado de um dos acontecimentos que desviaram a nossa atenção do caso Casa Pia. Estou a falar da missão de sete minutos que os nossos intrépidos jornalistas cumpriram no Iraque para acompanhar a missão da GNR nauquela região do globo. Maria João Ruela foi baleada numa perna, o que lamento, mas o que passou para a opinião pública é que ela é uma heroína nacional. Tantos militares portugueses lá e a jornalista foi a única a ser baleada!! Incrível o frenesim mediático em torno da repórter da SIC. Só faltou transmitirem em directo a operação a que foi sujeita. Depois, o folhetim do avião do INEM enviado pelo governo para a buscar. Não devia ter sido a SIC?! A CBS, dos EUA, foi lá buscar um cameraman e junto foi o editor que para lá o mandou. Quando a Ruela chegou ao aeroporto de Figo Maduro, ainda combalida, falou com um sorriso para as câmaras. Conclusão: está viva e assegurou um lugar na história do jornalismo português. Uma jornalista que não se preparou e que em sete minutos conseguiu meter-se em grandes alhadas. Terá sido dos jipes topo de gama da BMW em que seguiam os jornalistas lusos? Terá sido falta de preparação? Mário Carvalho, cameraman da CBS, explica no seu livro. Mas o nosso país pequenino rejubila com estas merdas. A propósito, o que é que os GNR têm feito no Iraque? Ainda não vi nada nas televisões. Pelo menos com o destaque dado à baleada Ruela. Tudo isto num ano em que, em menos de seis meses, foram mortos 26 jornalistas em cenários de guerra. Se ela tivesse morrido, se calhar, ainda era decretado feriado nacional de Santa Ruela. Ainda bem que sobreviveu...

quarta-feira, novembro 19, 2003

Um Pinto insuflado

Jorge Nuno Pinto da Costa, vulgo Papa, continua a dominar a comunicação social portuguesa. Depois de ter estado muito perto de abandonar o cargo que ocupa há mais de vinte anos, viu José Mourinho encher-lhe o balão da esperança de vida. Até contou com a contribuição de Reinaldo Teles para lhe arranjar uma das mais finas mulheres que andavam nos bares do irmão. A Carolina Salgado. Daí para as capas da imprensa cor-de-rosa foi um saltinho. Mas para quem acompanha o pontapé na bola nacional, este era um cenário inimaginável aqui há uns anos. O velho das Antas até gosta das pílulas que tem de tomar, são azuis e dão tesão. Mas, voltando à vaca fria, a verdade é que o Papa voltou à mó de cima. Já ninguém o critica e ninguém deu pelo remoinho que a arquitectura tão elogiada do Estádio do Dragão permite que se forme no meio do recinto, criando uma gigante corrente de ar. Parece pouco, mas muitos foram os que saíaram a meio do jogo de inauguração. Tal era o frio. Outros saíram porque as claques lhes tapavam a vista. Pinto da Costa dissse que procuraram defeitos no novo estádio, mas não os encontraram. Acredita quem quiser e discorda quem pode.

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